Alma e mente

Quando estamos verdadeiramente abertos aos saberes da vida a gente acolhe melhor tudo que chega para nós.
Culpamos demasiadamente os outros por fraquezas que são nossas ao lidar com algumas situações.
Iniciamos guerras por desconhecermos a paz.
Porque quando se é paz, você planta a paz até em terrenos favoráveis  à guerra. 
Mas quando você entrega a guerra é porque você é a própria guerra.
Cada um dá aquilo que tem.
Mas passamos a vida culpando o outro por ter nos provocado e não paramos para pensar que a provocação somente traz à tona aquilo que já existe em cada um de nós.
Do contrário, daríamos as costas para a brutalidade alheia, deixando-os brigando sozinhos e seguiríamos com a nossa paz.

Antes de apontar o dedo para os outros é preciso olhar para dentro de nós e nos reconhecer no caos, e a partir daí tentar entender, se for capaz, quais raízes queremos que cresçam. 
Para isso é preciso deixar de lado a necessidade de apunhalar o outro para sermos soberanos em nossa imaturidade existencial, onde o ego diz eu sou, mas todos os outros veem e sabe que não és. 
Mas o "querer ser" coloca-te na montanha mais alta, e do alto desta sua cegueira tu cavas a própria morte. 
A necessidade de ser melhor, maior e mais poderoso que os outros é o que de faz a menor das criaturas. 
Remontar conceitos é reconstrução do ser. 
É preciso cavar bem fundo para encontrar perdida em algum cantinho a essência real. 
E se não encontrar, é necessário conectar-se com aquilo que desejamos para que possamos aprender a ser libertos das fraquezas que nos aprisionam a viver com sentimentos e atitudes mesquinhas que não nos levam a lugar algum.
Remonta. Refaz.


Ilustração: @text_love_anime

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