Hoje acordei bem cedo, vesti meu casaco de sorrir, tomei meu café matinal, e sai de casa um pouco apressada. O céu estava tomado por um azul profundo, e envolvido por nuvens de suspiro gingantes, deixava tudo meio leve e meio doce. No caminho veio àquela sensação estranha de estar esquecendo algo. Parei, fiz um leve esforço e nada de lembrar. Continuei meu caminho, o barulho de tudo me incomodava, era grande a sensação de que faltava algo. Consegui fazer uma pausa em mim e em todo o resto.  Quis lembrar, foi em vão. Sentei em uma praça arborizada, e o silêncio quase sepulcral foi interrompido prazerosamente por música. As notas foram me invadindo lentamente...   dó, ré, mi...   E eu pude então fechar os olhos e contemplar o vazio que não causava incomodo algum. Mas que entregava paz. Abri os olhos e a música continuava. Olhei p a ra trás, e lá estava um senhor, de olhar sereno a tocar sua kalimba.   A lembrança não veio. Comemor

Vem aqui e preste um pouquinho de atenção.  Quero te apresentar à Liz. Mas poderia ser a Anna, a Gabi, a Bárbara ou a Júlia... Poderia ser você. Liz é uma pessoa comum, com o sorriso gigante da direta pra esquerda, tornando-a de algum modo especial. Liz carrega em sua bolsa, como muit as  mulheres, batom, chaves, caneta, papel, expectativas e muitos sonhos... Ah esqueci, carrega também uma barrinha de chocolate. Ninguém é de ferro, nem você, Liz. Alguém às vezes precisava dizer. O amor move essa garota! Mas amar também dá trabalho, Liz. Viver é trabalhoso e às vezes a vida dá um jeitinho de nos surpreender e talvez complicar um pouquinho mais. Foi com uma surpresa desagradável que o dia de trabalho de Liz começou. DEMITIDA! Anos de dedicação, trabalho com afinco e tudo termina assim? Exijo explicação! Calma, Liz. A vida ensina com as perdas e algumas vezes não tem muita explicação. E todos os planos? E a rotina que entediava e alegrava? E os amigos? Mas t

Fico pensando nas pessoas que vivem em prol de si mesmas. Que não se movimentam p a ra nada que fuja da sua habitual rotina. Fico pensando nas pessoas que gastam energia para brigar, discutir, quando o melhor é deixar pra lá. Dizem fazer isso em nome do “estou no meu direito”. Bobagem...  Fazem isso, às vezes, só por vaidade. Fico pensando nas pessoas que acreditam que a indiferença é uma forma de força e maturidade.  Eu acho que é o inverso. Fico pensando nas pessoas que desejam o mundo melhor, mas não tratam o outro como gostariam de ser tratadas. Fico pensando nas pessoas que se rendem ao dinheiro e ao poder.   “Existem pessoas que são tão pobres, mas tão pobres, que só têm dinheiro.” Fico pensando nas pessoas que fazem esperando algo em troca. E penso também nas que nada fazem. Fico pensando nas pessoas que nunca elogiam o sucesso alheio. Talvez porque elas não aceitam o fato de não ter sido delas tal genialidade. Essas p