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Mostrando postagens de setembro, 2016

Gente feliz mistura!

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Eu gosto de abraço apertado. Desses que até parecem que vão partir a gente, mas não partem. Gosto de gente cheia de carisma... que não poupa o sorriso.  Não poupa o humor. Não poupa amor.  Gosto destas pessoas que se incluem e se misturam sem medo.  De quem se achega sem frescuras. Não tem diploma, classe social, ou conta bancária que separa corações.  Gente feliz mistura. Gosto do simples que afaga com o olhar. Faz calorzinho no peito. Gosto do cafezinho servido na xícara que, de tantos cafés servidos, já não tem alça.  Quantas histórias têm nesta xícara?  Ô vontade de sentar embaixo de uma jabuticabeira só pra ouvir... Deixar o caldinho escorrer no braço e morrer de medo da mancha não sair da blusa. Medo que passa rápido. Gosto de pé no chão. Desses que a gente precisa lavar com bucha.  Essa que a gente colhe na rama. Bucha de lavar pé de moleque. Pé de moleque é doce igual gente simples. É doce... Gosto da vida sem filtro do jeito que ela é.

Tudo se ajeita, se ajeita, sim.

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Deixa aquietar-se em um canto qualquer toda essa bagunça existencial.   Pausas... Pegue o medo pelas mãos e exija dele e de você coragem.  Troque os gritos do caos que o assombra por música.       Permita-se ficar em paz por alguns instantes. E quando a força de tudo te sugar o riso, não se esforce para exprimir alegria. Chore. Que sejam a tristeza e a melancolia a reconstrução dos seus muros. E quem vai julgar o castelo pelos cacos que o ergueu quando suas janelas hospedam flores? Caminhe devagar ainda que o correr das horas e dos dias lhe exijam pressa. Redefina o seu trajeto. Veja o navio sair do cais e sumir no horizonte como tem sido seus encontros com a felicidade.  Chegadas e partidas. Incertezas absurdas. Mas não vá acurva-se. Remonta. Refaz. E que o cansaço insuportável e o dissabor do vivido não lhe impeçam de pegar as malas e se lançar outra vez... e outra vez. Então se apresse em ajeitar a bagunça deste peito, existem dores que não possuem remédio certo, e o

Amei

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Não sei se o que eu sinto é meu ou se eu roubei de algum distraído. Quem sabe peguei no vento feito vírus que se aloja no corpo da gente. É, pode ser... Mas, a febre que sinto é diferente. Queima e deixa o corpo em chamas ardentes. Pesadelos noturnos me consomem. Boca seca. Sinto o coração palpitar quando recobro o exato momento em que, possivelmente, fui infectado. Maldito! Maldito! Quero adoecer de novo disso. Suei antes... E agora suo outra vez. Estou doente, eu sei. Se tem remédio? Afaste-o de mim. Não quero me curar disso. Tolice? Que seja. E se eu morrer? Ah, se eu morrer...dane-se o morrer. Amei.

Volúpia de amar

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Ah, é você vento. Fique à vontade. Você que sempre arruma um jeito de atravessar frestas e janelas, ajude-me a atravessar meus infortúnios. Sopra minha face como quem quer me acordar das minhas insanidades. Bagunça o meu cabelo... Joga em minha cara verdades que insisto em ocultar. Veja os meus amores morrendo um por um no meu peito. Só não me deixe morrer de amor. Essa morte eu não mereço. Mate as esperanças, mate as expectativas, mate o desejo. Mas, deixe viva a minha desordem e essa minha volúpia de amar. Meu coração é tresloucado, mas é do bem. Vem vento, vem... Sopra as cicatrizes que, mesmo velhas, ainda ardem feito chamas de fogo... Fogo maldito do amor mal correspondido. Vem vento, vem... Julga-me sem piedade. E vai, igual aos outros que também se foram. Vai desnudar a tempestade. Vai visitar outros tolos feito eu. Volte quando quiser e venha me ver amar de novo e de novo... Feito bobo, sim eu sou. Exponho aqui a minha maior fraqueza: O amor.