Volúpia de amar





Ah, é você vento. Fique à vontade.

Você que sempre arruma um jeito de atravessar frestas e janelas, ajude-me a atravessar meus infortúnios.

Sopra minha face como quem quer me acordar das minhas insanidades.

Bagunça o meu cabelo...

Joga em minha cara verdades que insisto em ocultar.

Veja os meus amores morrendo um por um no meu peito.

Só não me deixe morrer de amor.

Essa morte eu não mereço.

Mate as esperanças, mate as expectativas, mate o desejo.

Mas, deixe viva a minha desordem e essa minha volúpia de amar.

Meu coração é tresloucado, mas é do bem.

Vem vento, vem...

Sopra as cicatrizes que, mesmo velhas, ainda ardem feito chamas de fogo...

Fogo maldito do amor mal correspondido.

Vem vento, vem...

Julga-me sem piedade.

E vai, igual aos outros que também se foram.

Vai desnudar a tempestade.

Vai visitar outros tolos feito eu.

Volte quando quiser e venha me ver amar de novo e de novo...

Feito bobo, sim eu sou.

Exponho aqui a minha maior fraqueza:

O amor.






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