Quero...

Não quero nada em excesso. 

Recuso!

O excesso me soa confuso, perdido.

É um querer que nem quer tanto, 

é um saber que não sabe nada.





Quero o sol me tocando a face como beijo de criança.

Quentinho, agradável e com gostinho de quero mais.

Não dá pra medir, mas tem a medida certa. 

Nos faz riso.


Quero o riso bem dosado, que me tire o ar, 
mas que nunca me roube a sanidade.
Quero dormir serena e tranquila, o suficiente para acordar renovada, 
sem dor ou preguiça.
Quero música boa, repetida várias vezes, 
mas quero em seguida o afago do silêncio.

Quero o silêncio por um longo período, 
mas o suficiente para me trazer de volta,
 e não para me aprisionar no vazio.

Quero provar de todos os doces do mundo, 
mas um de cada vez. 
Quero a pausa do querer de novo.

Quero muitos beijos, longos e repetidos, 
porque beijo bom repete.
Mas só quero se forem os seus.



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