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Mostrando postagens de novembro, 2018

Carta para o amor que voltou [O próprio]

Hoje eu vou te encontrar. E eu vou estar linda como sempre estive. E do jeito que você gosta que eu esteja. Então eu vou olhar no fundo dos teus olhos. Que é o jeito que eu gosto de olhar para as pessoas. E você vai sorrir. Talvez segure a minha mão. E neste momento não vou deixar que teus encantos roubem a minha vez de falar. Vou te olhar firme e dizer o quanto eu chorei por sua causa. Vou dizer o quanto suas atitudes me deixavam insegura. E vou dizer que mesmo você oferecendo-me o mundo, você fez da minha vida um inferno. E vou deixar você sozinho brindando com o seu ego. Talvez eu chore um pouco. Mas não é por você. Sou sensível a rompimentos, sejam eles quais forem. Mas vou estar certa de que não vou mais ficar doente por gostar de alguém inseguro emocionalmente. Não vou deixar que minha carência emocional, e as tantas desilusões vividas, deem espaço para que as armadilhas do passado me levem de volta para as suas ruínas. E de novo joguem no chão tud

Eu Chorei

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Sentei na beira da calçada Precisava respirar com alma. Abaixei a cabeça. De verdade mesmo eu queria chorar. O mundo começou a se soltar bem embaixo dos meus pés Eu estava preparada para cair De repente eu ouvi um canto Era um senhor de barbas brancas Ele tocava uma kalimba Aquilo parecia mágico Eu fingi que não vi. Dei ombros. Mas ele fazia questão de tocar ainda mais alto Sem perder o ritmo tampouco a delicadeza... Meu coração começou a sorrir. Ele começou a dançar na minha frente. Ele era um tanto desengonçado. E então um vento gelado soprou minha face E levou a lágrima... uma nuvem se formou. E se desfez no ar. E eu cantei e dancei, também desajeitada O senhor da barba branca, kalimba doce e desengonçado,  olhou nos meus olhos e disse: - Se você confiar o chão volta para o lugar. Eu chorei.