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Mostrando postagens de junho, 2018

Coração de Pano (sangra)

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Todo amor que chega até a mim, chega para fazer-me sangrar mais um pouco. Que mundo louco! Quando vai chegar alguém para me curar de tudo e até de mim? Sozinha eu já não tenho forças. Coração de pano, mesmo costurado sangra. E escorre linha para tudo que é lado. Coração remendado, cheio de amor empoeirado. De tanto amor sai pela boca. Não resiste, apanha e ama outra vez.  É disso que ele sabe viver.  Coração de retalhos. Não bate, capota. Suspira atrás da porta, frágil inútil. Alguém o resgata, sujo. Maltrapilho. Arisco. E o coloca em cima da mesa. Peso para papel. Ganhou utilidade Coração bruto vai viver de linhas. Linhas no papel. Poesia boba que ninguém lê.  Vai falar de amor, tolo que é, sem nunca saber o que é amar por completo. Coração discreto morre todos os dias dentro de mim. Mas continua vivo. Tum tum... tum tum... Consegue ouvir?

Sextou!

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Hoje é sexta, anjo. E sexta não é um bom dia para sentir saudade. Deixa isso para o domingo. Saudade combina com cobertor, preguiça e pipoca. E isso é coisa de domingo.  Mas hoje não. Hoje é sexta, vai dançar por aí. Vai rir do rir. Vai se divertir.  Nada de ficar ouvindo música que altera seu humor sarcástico, típico de sexta, para o humor romântico. Nada de Matheus e Kauan, Cicero e Eddie Sheeran na playlist. Não, anjo. Hoje não.  Pega sua miga loka e vai dançar reggae, dançar funk. Vai sacudir o esqueleto, vai subir Bahia e descer Floresta cantando Clube da Esquina. Posta selfie fazendo careta e põe na legenda “sextou”, meu amor, porque sexta é dia de tocar o terror. Sexta é confusão.  Exaustão! Acaba não mundão!!!  Sexta não tem clima para saudade... deixa de bobagem, hoje não.  (Mas quem disse que saudade entende isso? Saudade não tem juízo, saudade é sem razão.)