Mais amor, por gentileza!
Esteja pronto. Sempre pronto. Mas se não estiver, está tudo certo. Eu te pego pelas mãos, arrasto-te pelo chão e, por fim, te coloco em minhas costas. Só não vou te deixar sozinho. E você vai me olhar por cima desse vidro de um jeito irado, tentando entender a que se deve tanto apreço se mal lhe conheço. Talvez se indague: - qual será este preço? E então, já que faz tanta questão, eu respondo: "Numa noite muito fria, em uma rua bem vazia, alguém sentia fome. Alguém sentia frio. E eu, que também de frio tanto tremia, acomodava-me na certeza de saber para onde eu ia. Mas, aquele alguém tinha por certo de companhia somente as incertezas da vida. Não quis saber para onde ia, como ia, não me lembro sequer de perguntar o seu nome, tratei apenas da sua urgência." E era assim que precisava ser, é assim que precisa ser sempre. Há que se cuidar primeiro da fome, seja ela de abraço, seja ela de pão. Bota o ser humano de pé outra vez. E se não for capaz de