Tudo se ajeita, se ajeita, sim.

Deixa aquietar-se em um canto qualquer toda essa bagunça existencial.  
Pausas...
Pegue o medo pelas mãos e exija dele e de você coragem. 
Troque os gritos do caos que o assombra por música.      

Permita-se ficar em paz por alguns instantes.
E quando a força de tudo te sugar o riso, não se esforce para exprimir alegria.
Chore.
Que sejam a tristeza e a melancolia a reconstrução dos seus muros.
E quem vai julgar o castelo pelos cacos que o ergueu quando suas janelas hospedam flores?

Caminhe devagar ainda que o correr das horas e dos dias lhe exijam pressa.
Redefina o seu trajeto.


Veja o navio sair do cais e sumir no horizonte como tem sido seus encontros com a felicidade. 

Chegadas e partidas.
Incertezas absurdas.

Mas não vá acurva-se.
Remonta. Refaz.

E que o cansaço insuportável e o dissabor do vivido não lhe impeçam de pegar as malas e se lançar outra vez... e outra vez.

Então se apresse em ajeitar a bagunça deste peito, existem dores que não possuem remédio certo, e outras nem remédio tem.

Mas tenha calma nessa alma porque tudo se ajeita, se ajeita, sim. Não existe viagem ruim que não acaba, e outro navio logo vem. 

Esteja pronto!



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