Talvez

Talvez um dia a chuva cesse de molhar, e na curva imprevista do vento eu vá te encontrar.
Talvez um dia o sol aqueça o peito e afugenta o frio da ausência de quem não pode ficar.
Talvez um dia a tristeza se retire da mesa e dali por diante só sirva o amor.
Talvez, junto ao canto da cigarra e o sonido da coruja anunciando o crepúsculo, a vontade de bem querer se escorra como prantos de alívio e vá morar nas sombras.
Talvez o conluio da conversa um dia se torne raiz, cujo os brotos darão frutos de paz, e dessa eloquência toda sejamos todos mais felizes.
Talvez.


Foto: @antesnuadoquesua

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Deixe ir

Quero...

Silêncios...