Depressão, não é frescura

Um dia talvez eu encontre  palavras certas, bonitinhas ou duras que voltem a colorir meus versos. 
Um dia talvez eu tenha condições de falar sobre isso sem me sentir constrangida. 
Miúda. 
Fraca.
 Talvez um dia eu misture palavras de amor e cuidado e faça um verso renomado que acaricie todos os corações cansados como o meu.
Hoje, porém, aquieto-me no silêncio de tentar entender uma dor que eu não entendo. 
Um buraco que eu não vejo e uma vontade imensa de arrancar do peito toda ansiedade, medo, angústia e ainda assim conseguir contar com a compreensão do mundo... um dia talvez eu faça um verso sobre essa palavra tão feia da qual eu não tenho nada de bonito para dizer. 
Na verdade mesmo, eu  queria me esconder, dela e do mundo inteiro. 
Um dia talvez o mundo seja melhor... e assim menos pessoas se sentirão tão pior dentro dele. 
Onde cura a dor daqui que a gente não sabe porquê dói?
Onde silencia os gritos da mente inquieta que só queria que o mundo fizesse menos bagunça em sua frágil existência?
Eu só queria fazer com que mais pessoas que sentem medos iguais aos meus, ficassem bem. 
Talvez o mundo nem seja tão cruel. 
Talvez seja eu que não tenha aprendido a lidar com a crueldade das energias que  o envolvem. 
É... talvez eu não seja mesmo daqui... e por isso acho tudo e todos pesados demais pra mim.



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