Gente em forma de música

Tem gente que se fosse música seria uma obra de Vilvadi ou Jobim.
Meio ópera, meio bossa...
De fazer sorrir até aquele que não está nem aí pra isso.
Porque tem gente que nem é gente, é um sentimento. 
Desses gostosos que fazem carinho na alma por sua existência.
E não importa se essa gente é gente que não pode segurar a mão da gente. 
Elas seguram o humor e o riso em dias sombrios. 
Tem gente que nos abraçam à distância, a energia vem em ondas de bem querer... 
Essa gente que a própria existência no mundo é um presente, e quando os quilômetros impõem ausência, as memórias devolvem risos.
Porque nenhum alguém é por acaso. 
Mas há quem diga que são nos acasos que moram sentimentos gigantes. 
E eles se encolhem nas impossibilidades e só se tornam grandes porque são verdadeiros apesar de tudo. 
Talvez seja isso que o refrão de Jobim quis dizer para o que a gente sente por essa gente:

Vou te contar, os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender...


Ilustração: @hiraizumiharuna0204

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