Desejos e clichê

Não parei meu mundo para que o resto do mundo pudesse digerir os meus desejos. Adequar-me aos padrões alheios sai muito mais caro do que aceitar os meus.
Por isso vivo de sentir e para sentir.
Doo-me toda, por inteiro, pois nunca soube ser metade. 
Quero o sussurrar sereno de uma manhã de quinta-feira com alguém do meu lado mesmo que todo o resto do mundo ache que esse clichê é antigo, de dormir e acordar junto, esteja ultrapassado. 
Quero o meu café, preto, puro, servido na mesma xícara de ontem.
 E assim, enquanto eu desperto meus sentidos gole por gole, este alguém desperta-me com carícias. 
E assim, sem medo ou joguinhos de some aparece, enquanto o resto do mundo foge ou finge que não gosta,  a gente vive o nosso clichê.


Foto: @antesnuadoquesua

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