Amorosidade
A aмoroѕidade da qual falo, para qual eu não me calo, revela-se de maneira sútil na coragem de não reprimir-se.
A aмoroѕidade da qual falo não faz questão de vociferar.
Ela não toca tambores.
Cintila em silêncio...
Caminha na penumbra.
Acaricia com versos e diz adeus querendo ficar.
Mas não força, não agride, não obriga.
A aмoroѕidade da qual não me calo anseia pelo desejo mútuo de encontro.
Não há contraponto.
Quer dar e receber na mesma proporção.
A aмoroѕidade da qual falo pede perdão, começa de novo e, se precisar, remonta, refaz. Mas ela, essa mesma aмoroѕidade, não luta contra o vento, não pega carona em tempestades, ela se envolve apenas com o que é calmaria.
E é por isso que a aмoroѕidade, essa da qual falo, em prelúdio de tumulto vai embora sem olhar pra trás.
Foto: @michael_magin_photo
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