"Deformidade Cultural"


Não sei em que ponto exatamente ela começa, porém, posso relatar dentre vários onde ela culmina.
Bom senso!
Proferir essa palavra é um tanto interessante, ela nos permite um silabar que soa bonito. Entretanto, há muito se perdeu.

                               

Vamos lá, todos juntos, procurem nos armários, nas gavetas nos arquivos.
Achar-se á talvez embaixo do tapete, escondido juntamente com tantos outros absurdos perdidos por ali.

E para quem vai o mérito de tanta estupidez?  
Por favor, pelo menos uma vez assuma isso.
A grosseria diária se tornou redundante.

O sinal vermelho, de regra, pula muitas vezes para exceção. Será que temos motoristas daltônicos soltos por aí?
Lamentável!

Ora bolas, que “maravilha”! Majestosa é no trânsito à orquestra das buzinas. - Que você aciona como quem controla, domina.
Domina o quê? Os outros? Força seria dominar-se perante essa atitude pouco cortês que a você domina.
- “Educação, educação!” Alguém gritou.

Do outro lado o outro. - “ Cê tá louco!" Educação está fora de moda, perdeu a validade, talvez por escassez do uso.


Pra mim Educação é um bem durável, Patrimônio Cultural da Humanidade.
E você questiona: - A essas alturas pregar moralidade? Corta essa! Cada um cuida da sua vida e "segue o reto!”


E eu lhe retruco: - “Boa maluco” cada um cuida da sua vida, entretanto, todas essas vidas estão inseridas em um mesmo espaço, é aí que muda tudo, é a lei da convivência. Sacou?!


Será que você não consegue perceber os ruídos do mundo? As rachaduras que se partem e chocam sobre nossas cabeças nos cobrando moral, educação e conduta?
Será mesmo que somos autossuficientes?
Será mesmo que é válida essa peneira onde você escolhe com quem você vai ser gentil ou não?
É gente, tem algo errado aí...
Tem alguém esvaziando a bexiga na piscina do condomínio e achando que é normal.
Muito bem, pra você que acha que isso é “papo de jacaré”, que possui um ego inflado e nada disso lhe incomoda, eu desejo:


… que você nunca dê bom dia a alguém e receba um “só se for pra você” mesmo que só em pensamento.
… que você envelheça e nunca precise do banco reservado do metrô/ ônibus e se depare com um jovem “cansado” ocupando seu lugar.
… que você nuca, ao atravessar à faixa de pedestre, se depare com um “cego” no volante.
… que você nunca, nunca mesmo, seja um cadeirante que não consegue entrar em shoppings, bares e restaurantes.
… que você sempre tenha a chance de contar à sua versão.
… que até para o seu sorriso alguém diga obrigado em forma da recíproca de outro sorriso.
E se ainda assim, você acreditar que tudo isso é sem razão, entre na fila da virose mundial de DEFORMIDADE CULTURAL.



                                                 Gentileza - Marisa Monte


A trilha completa de forma perfeita, poética e linda esse apelo de consciência.
 p.s: Ao citar “Cego” e “daltônicos” foi somente uma forma sem preconceito de deixar claro que à deficiência de muitas pessoas está no caráter.

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