Muito feliz!

Ela foi ao teatro com o Pedro.
Fez piquenique com o Maurício.
Jogou cartas com o Leo.
Trocou beijos com o Edu...

E quem ela escolheu não a escolheu.
E quem a escolheu ela não escolheu
Por fim, escolheu ela própria.
Jamais se limitou aos limites distribuídos por aí.
A vida não é esse shopping center exaustivo no qual você precisa escolher um par.
Onde tudo tem prazo de val[idade]. O tempo certo de acontecer.
Um roteiro pronto copiado exaustivamente por décadas.
Onde sua felicidade esteja fadada a um álbum de felizes para sempre.
E se assim fosse, ela, com toda sua ousadia, não ia se importar em sobrar num cantinho qualquer.
Cantinho de deslumbramento.
De quem viveu sem modéstia.
E no final, ninguém vai se preocupar em perguntar onde ela esteve, ou com quem ela esteve, quando perceberem que ela esteve Feliz.
Muito feliz!



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