Com açúcar, por favor!

Que saco esse estranho "conceito" de mulher ideal.  
"Mulher ideal" me soa confuso. 
Mas se existe, deve ser a legal, parceira, amiga, que ri sozinha, e se sente feliz consigo mesma. Livre de rótulos.
Que muda de humor como as fases da lua, que tem sonhos, desejos; e que vai ao cinema sozinha.

Ou nada disso, porque ideal é algo complicado de descrever quando o assunto é alguém. 
É identidade, é único. Me entende?

Quem inventou essa confusão?

Por que mulher ideal tem que ser àquela que a mídia, ou seus amigos vão olhar e dizer: "Putz", essa sim!

Devido a este fato, estou vendo milhares se torturando para ser a garota “Putz”. 

Só quero dizer que gosto de homens que têm opinião própria, e não vão se importar se a mulher que está tirando o seu sono é um pouco acima do peso (ou da idade).

Com açúcar sim, e sem silicone, por favor! Não, não sou contra à fantástica prótese que, incorporada aos glúteos dão formas fabulosas. 

Só estou falando da loucura que estamos vivendo para alcançar um ideal que nem é nosso, e nos enquadrarmos aos “padrões” massacrados pela sociedade. 

Àquela que sempre julga a mulher que sai com o cara bem mais velho, ou mais novo.  Que chama de interesseira quem escolheu o estrangeiro, que acha que casais são congênerese devem ter a mesma classe social.

Oi?

Quem disse todas essas coisas? Que insegurança é essa?

Será que dá pra ser original?

Pera, uva, maçã ou mexerica? Tanto faz! Nessa bagunça hortifrúti que tornou-se o nosso dia a dia, muito obrigada, prefiro um sanduíche, e que se danem as calorias.

Depois não somos felizes e nos perguntamos, por quê? É claro que não! Não permitimos mais que as coisas aconteçam sem as regras da sociedade.

Sociedade capitalista, preconceituosa e por vezes burra. 


Precisamos ser livres. 


Muito se fala sobre autenticidade, mas basta está no ar em algum lugar e  está tudo certo, uma legião curte!

Espera aí, que amarras são essas? Cadê a liberdade que todos dizem por aí? 

Uma vez ouvi alguém mencionando que *açúcar está fora de moda. Quase tive um colapso, mais essa agora? Arg! Muito prazer, ETERNAMENTE BREGA.

(*açúcar em excesso faz mal à saúde, mas no texto ela é usada como criticaos esteriótipos.)

Será que amor está fora de moda também? Respeito, carinho, gentileza, vida própria... Precisamos rever isso.

Tudo bem ser saudável, caminhar, correr, frequentar a academia. Tudo bem ser elegante, vestir uma grife (se sobrar no orçamento), tudo bem colorir os cabelos e ousar um look diferente.

Só não me imponham este sexy-appel  industrializado. Não combina comigo. 

O que quero dizer é: - só seremos felizes se conseguirmos driblar os nós da sociedade e parar de correr obstinadamente por tudo que os outros acham legal,ideal. O carro, a casa, o emprego, o namorado (a), enfim.
Não somos um pacote, somo únicos. Devolva isso pra você e assuma rápido. Pegue as rédias da sua vida garota, por favor!

Liberte-se! Entregue-se! Viva!

Mas faça isso rápido, antes que se perca, ou que descubra lá na frente que deixou algo importante para trás. Você!

Será que precisamos mesmo de toda essa aprovação alheia, muitas vezes oriunda do número de curtidas nas redes sociais?  Ufa! Fui aceito.


Não!

Vamos ter sim coisas boas, viver bem, fazer nossas escolhas, ser saudável. Não pelo status, pelos seus amigos, pelas redes sociais, pelos seus pais, ou por quem quer que seja. Mas por você. Poxa!

Dispensa o status que fortalece o ego e nada mais. Entregue-se ao simples, ao natural; e que coladinha a tudo isso, esteja sempre ali, a felicidade. Doce como tem que ser, e para tal: com açúcar, por favor. 



"Plus on veut, mieux on veut"

(Charles Baudelaire)

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